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publicado em

5 de agosto de 2024
Indicações para a Histeroscopia

1. Sangramento Uterino Anormal

Menorragia: Sangramento menstrual intenso e prolongado que pode interferir nas atividades diárias e levar à anemia. A histeroscopia pode identificar causas como pólipos endometriais, miomas submucosos, hiperplasia endometrial ou câncer endometrial.

Metrorragia: Sangramento que ocorre entre os períodos menstruais regulares. A histeroscopia ajuda a identificar a causa, como pólipos, miomas ou outras anomalias endometriais.

Sangramento Pós-Menopausa: Qualquer sangramento após a menopausa deve ser investigado para excluir a possibilidade de câncer endometrial. A histeroscopia permite a visualização direta e a coleta de biópsias do endométrio.

2. Infertilidade

Pólipos Endometriais: Crescimentos benignos no revestimento do útero que podem interferir na implantação do embrião. A histeroscopia permite a remoção desses pólipos.

Miomas Submucosos: Tumores benignos que crescem dentro do útero. Podem causar infertilidade ou abortos recorrentes e podem ser removidos por histeroscopia cirúrgica.

Anormalidades Congênitas do Útero: Condições como útero septado (um septo divide a cavidade uterina) podem ser diagnosticadas e corrigidas por histeroscopia, melhorando as chances de gravidez.

Sinéquias Uterinas (Síndrome de Asherman): Aderências dentro do útero que podem resultar de cirurgias anteriores ou infecções. A histeroscopia é usada para diagnosticar e tratar essas aderências.

3. Abortos Recorrentes

Investigar causas estruturais dentro do útero que podem levar a abortos repetidos, como pólipos, miomas submucosos, septos uterinos ou sinéquias.

 4. Anormalidades Identificadas em Exames de Imagem

Ultrassonografia Pélvica: Confirmação de achados suspeitos como espessamento endometrial, presença de massas ou anormalidades estruturais.

Ressonância Magnética (RM): Avaliação de anomalias detalhadas vistas na RM, especialmente em casos complexos de infertilidade ou sangramento anormal.

Histerossalpingografia (HSG): Exame radiológico que pode indicar obstruções ou anormalidades na cavidade uterina. A histeroscopia proporciona uma avaliação mais direta e precisa.

5. Diagnóstico de Pólipos e Miomas

Pólipos Endometriais: Identificação e remoção de pólipos que podem causar sangramento anormal ou infertilidade.

Miomas Submucosos: Identificação de miomas que crescem na cavidade uterina, causando sintomas como dor, sangramento anormal e infertilidade.

 6. Investigação de Dores Pélvicas

Causas Intrauterinas: A histeroscopia pode ajudar a identificar causas de dor pélvica crônica, como aderências, miomas ou inflamações.

 7. Avaliação do Endométrio

Hiperplasia Endometrial: Espessamento do endométrio que pode ser pré-canceroso. A histeroscopia permite a visualização e biópsia do tecido.

Lesões Suspeitas ou Câncer Endometrial: Detecção precoce e avaliação de lesões suspeitas que podem requerer tratamento imediato.

8. Localização e Remoção de Dispositivos Intrauterinos (DIU)

DIUs Não Visíveis: Localização de DIUs que não são visíveis na ultrassonografia, facilitando sua remoção.

Complicações Relacionadas ao DIU: Investigação de complicações como dor, sangramento anormal, desposicionamento do DIU ou perfuração.

9. Pesquisa de Malformações Uterinas

Útero Bicornual ou Septado: Anomalias congênitas que podem ser identificadas e corrigidas para melhorar as chances de gravidez e reduzir o risco de complicações obstétricas.

10. Avaliação Pós-Tratamento

Monitoramento Pós-Operatório: Avaliação de cicatrização e resultados após procedimentos como miomectomias ou ressecções de septos.

Tratamentos Hormonais Ineficazes: Investigação de razões para a falha de tratamentos hormonais em resolver problemas endometriais.

Considerações Adicionais

A histeroscopia diagnóstica é um procedimento valioso por sua capacidade de proporcionar uma visualização direta e detalhada do interior do útero, permitindo diagnósticos precisos e intervenções terapêuticas mínimas. É fundamental que a indicação para a histeroscopia seja feita por um médico ginecologista, que avaliará cada caso de forma individualizada para determinar a melhor abordagem diagnóstica e terapêutica.

Publicado por:

Anderson Graça

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Equipe CGE

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Anderson Graça
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