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publicado em

5 de agosto de 2024
Histeroscopia Diagnóstica

A histeroscopia diagnóstica é um procedimento ginecológico utilizado para examinar o interior do útero de maneira minimamente invasiva. Este exame é crucial para a avaliação de diversas condições ginecológicas, permitindo aos médicos uma visualização direta da cavidade uterina e do canal cervical. Ao contrário de outros métodos diagnósticos, como ultrassonografias ou ressonâncias magnéticas, a histeroscopia oferece a vantagem de uma observação direta e a possibilidade de intervenção imediata se necessário.

Como Funciona

O procedimento é realizado com um instrumento chamado histeroscópio, que é um tubo fino com uma câmera e uma fonte de luz na ponta. Este dispositivo é inserido através da vagina e do colo do útero até alcançar o interior da cavidade uterina. A câmera transmite imagens em tempo real para um monitor, permitindo que o médico examine detalhadamente a mucosa uterina (endométrio) e identifique quaisquer anomalias.

Tipos de Histeroscopia

Existem dois tipos principais de histeroscopia:

1. Histeroscopia Diagnóstica: Usada exclusivamente para examinar e diagnosticar problemas uterinos. Não envolve a remoção de tecido ou correções cirúrgicas.

2. Histeroscopia diagnóstica com biópsia: Ao visualizar o interior da cavidade uterina, caso o médico encontre alguma alteração, é então inserido uma pinça muito pequena por meio do histeroscópio, possibilitando a retirada de um fragmento do tecido alterado para posterior análise laboratorial (biópsia). Permitindo esclarecer o realmente era a alteração visualizada e orientar a decisão a ser tomada.  

Como saber se a histeroscopia é necessária?

A indicação da histeroscopia ocorre frente a uma dúvida diagnóstica encontrada pelo ginecologista, ao investigar alterações como: 

  • Sangramento uterino anormal 
  • Investigação de infertilidade 
  • Alteração encontrada em exame de imagem, como a ultrassonografia transvaginal

Vantagens da Histeroscopia Diagnóstica

  • Alta Precisão Diagnóstica: Fornece imagens claras e detalhadas do interior do útero, facilitando a identificação de patologias que podem não ser detectadas por outros métodos.
  • Minimamente Invasivo: Não requer incisões, resultando em menor dor e tempo de recuperação mais rápido.
  • Versatilidade: Pode ser usada tanto para diagnóstico quanto para tratamento, caso sejam detectadas condições que necessitem de intervenção imediata.

Comparação com Outros Métodos

Enquanto a ultrassonografia transvaginal e a ressonância magnética são métodos não invasivos que fornecem imagens do útero, elas não permitem a visualização direta da cavidade uterina e podem não detectar certas anomalias. A biópsia endometrial não guiada, por outro lado, coleta amostras de tecido para exame, mas não oferece uma visão abrangente do útero. Podendo não coletar material da região realmente afetada.  A histeroscopia diagnóstica, portanto, combina o melhor de ambos os mundos: visualização direta e a possibilidade de coleta de amostras se necessário.

Procedimento

1. Preparação: Pode ser necessário jejum ou tomar medicamentos específicos antes do procedimento. As pacientes podem receber sedação, o que torna o procedimento mais confortável. Em alguns casos, como em mulheres na menopausa, o colo uterino pode estar muito estreito, o que dificulta a passagem do aparelho. Nesses casos pode ser necessário o preparo do colo uterino com uso de hormônio local. 

2. Realização: O histeroscópio é inserido através da vagina e do colo do útero. O útero é expandido com solução salina (soro fisiológico) para permitir a visualização do seu interior.

3. Exame: O médico examina o interior do útero e pode coletar amostras de tecido para biópsia, caso encontre alguma alteração.

4. Pós-procedimento: Normalmente, a paciente pode retornar às atividades normais no mesmo dia, embora possa haver algum desconforto leve, como cólicas ou pequenos sangramentos.

A Histeroscopia diagnóstica dói? 

A histeroscopia é um procedimento desconfortável, podendo ser doloroso para algumas pacientes. Nesses casos o ginecologista pode optar por realizar um analgésico antes da realização do exame ou realizar o procedimento com a presença de um anestesista, para que seja realizada uma sedação durante o procedimento, gerando conforto para a paciente.

Publicado por:

Anderson Graça

Diretor Técnico

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Anderson Graça
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